Welcome

Você acaba de entrar em um mundo de debates da cultura inglesa!

Translate

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Robert Clive e a Batalha de Plassey

Robert Clive

       O major-general Robert Clive, 1 º Barão Clive, KB (29 de setembro de 1725 - 22 de Novembro de 1774), também conhecido como Clive da Índia, foi um oficial britânico, que estabeleceu a supremacia política e militar da Companhia das Índias Orientais em Bengala. Ele é responsável por garantir a Índia, e a riqueza que se seguiu, para a coroa britânica. [1] Juntamente com Warren Hastings foi uma das figuras-chave na criação da Índia britânica. Na luta pelos postos comerciais, derrotou os Franceses e os seus aliados indianos em Arcot (1751), Calcutá (1757) e Plassey (1757), sempre em inferioridade numérica. Foi governador de Bengala de 1757 a 1760 e novamente de 1764 a 1767. Clive abriu caminho para o dominio Inglês sobre a Índia, dominio esse que durou quase 200 anos.
-->
 
-->
Robert Clive após a Batalha de Plassey. A batalha começou o domínio da Companhia das Índias Orientais na Índia.
  -->
A Batalha de Plassey

A Batalha de Plassey foi uma vitória decisiva da Companhia Britânica das Índias Orientais sobre o Nawab de Bengala e seus aliados franceses em 23 de Junho de 1757. A batalha estabeleceu a regra da Empresa em Bengala que se expandiu por grande parte da Índia pelos cem anos seguintes. A batalha aconteceu em Plassey (versão anglicizada de Palashi) às margens do rio Bhagirathi (outro nome do rio Hooghly montante de Calcutá), a cerca de 150 km ao norte de Calcutá e sul de Murshidabad, então capital de Bengala. Os beligerantes foram Nawab Siraj-ud-Daulah, o último Nawab independente de Bengala, e a British East India Company.


Esta é considerada uma das batalhas cruciais no controle do sul da Ásia pelas potências coloniais. A Inglaterra agora exercia enorme influência sobre o Nawab e, conseqüentemente, adquiriu muitas de concessões pelas perdas anteriores e lucros no comércio. Os britânicos ainda utilizavam esse lucro para aumentar a sua força militar e empurrar os outros poderes coloniais europeus, tais como os holandeses e os franceses do sul da Ásia, ampliando assim o Império Britânico na Ásia.


-->
Fontes: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Clive
http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Plassey


Por:  Flavia P. Vasques
RA:  B01EIA-4

Índia britânica

O termo Índia britânica é a denominação não-oficial para o domínio colonial do Império Britânico sobre o subcontinente indiano, aqui entendido como a área geográfica que inclui os territórios atuais de Índia, Paquistão, Bangladesh (ex-Paquistão Oriental) e Mianmar (antes chamado "Birmânia"). Pode ser designado também pelo termo Raj britânico, do hindustâni rāj, "reino". No tempo, corresponde a um período desde 1858, quando os direitos da Companhia Britânica das Índias Orientais foram transferidos para a coroa britânica, até 1947, ano em que o Reino Unido passou a soberania sobre aquele território para os recém-criados Índia e Paquistão.

Do ponto de vista formal, o termo "Índia britânica" aplicava-se apenas às porções do subcontinente governadas diretamente pela administração britânica em Deli e, anteriormente, Calcutá. A maior parte do território do subcontinente sob influência britânica naquela época não era governada diretamente pelos britânicos: os chamados "Estados principescos" eram nominalmente independentes, governados pelos seus marajás, rajás, thakurs e nababos, quem reconheciam o monarca britânico como seu suserano feudal por meio de tratados.

Áden passou a integrar a Índia britânica a partir de 1839; a Birmânia, a partir de 1886. Ambos tornaram-se colônias separadas do Império Britânico em 1937. Embora o Sri Lanka (antigo Ceilão) possa ser considerado parte do subcontinente indiano, não integrava a Índia britânica, pois era governado como uma colônia diretamente de Londres e não pelo vice-rei da Índia.

O Estado Português da Índia e a Índia Francesa eram formadas por pequenos enclaves costeiros governados por Portugal e França, respectivamente. Foram integrados à Índia após a independência indiana.


História


Em 31 de dezembro de 1600, a Rainha Isabel I da Inglaterra outorgou uma carta real à Companhia Inglesa das Índias Orientais para comerciar com o oriente. Os primeiros navios da companhia chegaram à Índia em 1608, aportando em Surat, no que é hoje Guzarate.

Quatro anos mais tarde, comerciantes ingleses derrotaram os portugueses numa batalha naval e com isso ganharam a simpatia do imperador mogol Jahangir. Em 1615, o Rei Jaime I enviou um embaixador à corte mogol, negociando-se então um tratado de comércio pelo qual a companhia poderia erguer postos comerciais na Índia em troca de bens europeus. A companhia comerciava itens como algodão, seda, salitre, índigo e chá.

Em meados do século XVII, a companhia havia estabelecido postos comerciais nas principais cidades indianas, como Bombaim, Calcutá e Madras, ademais da primeira feitoria em Surat, erguida em 1612. Em 1670, o Rei Carlos II outorgou à companhia o direito de adquirir território, formar um exército, cunhar moeda e exercer jurisdição em áreas sob seu controle.

No final do século XVII, a companhia se havia tornado um "país" no subcontinente indiano, com considerável poder militar, e administrava três "presidências" (administrações coloniais regionais).

Os britânicos estabeleceram uma base territorial no subcontinente pela primeira vez quando tropas financiadas pela companhia derrotaram o Nababo bengalês Siraj Ud Daulah na batalha de Plassey, em 1757. As riquezas bengalesas foram expropriadas, o comércio local foi monopolizado pela companhia e a Bengala tornou-se um protetorado sob controle direto britânico. A fome de 1769 a 1773, causada pela exigência de que os fazendeiros e artesãos bengaleses trabalhassem por remuneração irrisória, matou dez milhões de pessoas. Catástrofe semelhante ocorreu quase um século depois, depois que o Reino Unido estendeu o seu controle sobre o subcontinente, quando 40 milhões de indianos morreram de fome em meio ao colapso da indústria local.
 

Expansão territorial britânica


Em 1773, o parlamento britânico instituiu o cargo de governador-geral da Índia.

Na virada para o século XIX, o governador-geral Lorde Wellesley começou a expandir os domínios da companhia em grande escala, ao derrotar Tipu Sahib, anexar Mysore, na Índia meridional, e remover a influência francesa do subcontinente. Em meados daquele século, o governador Dalhousie lançou a expansão mais ambiciosa da companhia, ao derrotar os siques nas Guerras Anglo-Siques (o que lhe permitiu anexar o Panjabe) e subjugar a Birmânia na Segunda Guerra Anglo-Birmanesa. Dalhousie também tomou pequenos Estados principescos como Satara, Sambalpur, Jhansi e Nagpur, com base na chamada "doutrina da preempção", segundo a qual a companhia poderia anexar qualquer principado cujo governante morresse sem herdeiros do sexo masculino. A anexação de Oudh em 1856 foi a última aquisição territorial da companhia, pois o ano seguinte viu a eclosão da revolta dos sipais.

Fonte: 

Por: Flavia P. Vasques
RA:  B01EIA-4

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Os Tudors

Dinastia de Tudor
(1485 - 1603)

A Dinastia de Tudor figura como a mais brilhante da história da realeza dos britânicos. Composta de seis soberanos consecutivos, pelo menos três deles estão entre as figuras mais famosas em história monárquica da Inglaterra e da Grã-Bretanha. Tudo começou quando Ricardo III, ultimo rei Stuart, foi derrotado e morto por Henrique de Tudor, de origem galesa, na Batalha de BosworthField, Leicestershire (1485), que marcou o epílogo da Guerra das Rosas e, assim, abriu caminho para o início da Dinastia de Tudor, coroando-se como Henrique VII, seu filho como Henrque VIII e os três netos como Edward VI, Maria I e Isabel I, que governaram durante 118 anos. Durante este período, a Inglaterra desenvolveu-se como um dos mais significativos poderes coloniais europeus, expandindo seu domínio pela América e assumindo o controle da Irlanda. Teve um papel proeminente no Renascimento cultural da Europa, com nomes como William Shakespeare, Edmund Spenser e o CardealWolsey. Também foi um período de enorme turbulência religiosa, com a criação do anglicanismo e duas mudanças de religião oficial, o que resultou no martírio de muitas vítimas inocentes tanto do lado do Protestantismo como entre os Católicos romanos. Por exemplo, o rei Henrique VIII rompeu com Roma (1534), suprimiu os monastérios e concedeu permissão para os padres se casarem. A seguir os nomes de cada um dos monarcas dessa extraordinária dinastia.

Henrique VII, Conde de Pembroke (1457 - 1509), Rei da Inglaterra (1485-1509)
Henrique VIII (1491 - 1547), Rei da Inglaterra (1509-1547)
Eduardo VI (1537 - 1553), Rei da Inglaterra (1547-1553)
Joana I Grey, Lady Dudley (1537 - 1554), Rainha da Inglaterra (1553-1553 (deposta e executada)
María I, a Sanguinária (1516 - 1558), Rainha da Inglaterra (1553-1558)
Elizabeth I , a Rainha Virgem (1533 - 1603), Rainha da Inglaterra (1558-1603)



A série The Tudors

The Tudors é uma série televisiva que recria os primeiros e tumultuosos anos do reinado de Henrique VIII da Inglaterra. Paixão, ambição e traição se transformam no fio condutor deste drama televisivo, que mostra um Henrique VIII muito diferente do que aparece nos livros de história. Jovem, atraente e poderoso, mostra-se um rei da Inglaterra capaz de grandes proezas atléticas. Sem dúvida alguma, um monarca que não colocava os assuntos de Estado entre suas prioridades e que sempre deixava os problemas oficiais nas mãos do Cardeal Tomas Wolsen. Para aqueles próximos de "Sua Majestade", satisfazer o rei era uma faca de dois gumes. Henrique VIII era até mesmo capaz de desafiar a instituição mais poderosa da Europa medieval: a Igreja Católica Romana. Também era conhecido por mandar executar seus súditos diante da mínima demonstração de insubordinação. Filmada na Irlanda, a trama desta produção se desenvolve na Inglaterra, nos dez primeiros anos do reinado de Henrique VIII. Um reinado que se iniciou em 1509, quando ele tinha apenas 19 anos de idade. Além de mostrar as alianças políticas mais significativas do monarca, a série gira em torno das companheiras femininas do rei: Catarina de Aragão e Ana Bolena. Também é dado destaque à particular relação que o rei mantinha com Charles Brondon, o Duque de Norflok, o Cardeal Wolsey (chefe da Igreja Católica, no período de separação de Roma) e o filósofo Tomás More.


                                         Imagem da série The Tudors


Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/RBDTudor.html

http://www.minhaserie.com.br/serie/169-the-tudors


Por: Verônica F. Tezoni
RA: B06IIJ-0


O Absolutismo na Inglaterra

O Absolutismo na Inglaterra teve início após a guerra das Duas Rosas. Essa guerra foi uma luta entre duas famílias nobres – os Lancaster e os York -, apoiadas por grupos rivais da nobreza. A guerra terminou com a ascensão de Henrique Tudor, apoiado pela burguesia.


O novo monarca subiu ao trono com o nome de Henrique VII e fundou a dinastia Tudor. Seu reinado foi de 1485 a 1509.

Henrique VIII, segundo rei da dinastia, governou até 1547 e conseguiu impor sua
autoridade aos nobres, com o auxílio da burguesia. Fundador do anglicanismo, seu rompimento com a Igreja católica permitiu-lhe assumir o controle das propriedades eclesiásticas na Inglaterra.

A rainha Elizabeth I, que reinou de 1558 a 1603, conseguiu aumentar ainda mais o poder real. Completou a obra de Henrique VIII, seu pai, consolidando a Igreja anglicana e perseguindo os adeptos de outras religiões. Foi durante seu reinado que teve início a colonização inglesa na América do Norte.

Elizabeth morreu sem deixar herdeiros e, por isso, subiu ao trono seu primo Jaime I, que deu início à dinastia Stuart. Durante seu reinado, que foi de 1603 a 1625, continuou a perseguição aos adeptos de outras religiões, muitos dos quais acabaram emigrando para a América do Norte.

Carlos I, filho e sucessor de Jaime I, subiu ao trono em 1625. Seu reinado, do mesmo modo que o de seu pai, caracterizou-se pelo absolutismo e pelas perseguições religiosas.

Em 1642, os parlamentares e os burgueses iniciaram uma guerra contra o rei. Liderados por Oliver Cromwell, derrotaram Carlos I. Cromwell assumiu o poder com o título de “Lorde Protetor “e governou de 1649 a 1658.

Em 1651, Cromwell lançou o Ato de Navegação, que ilimitava a entrada e saída de
mercadorias da Inglaterra aos navios ingleses e aos navios dos países produtores ou consumidores; com isso, prejudicava o comércio intermediário praticado pelos holandeses. A partir de então, a Inglaterra passou a ser a grande potência marítima mundial, posição que manteve até o fim da Primeira Guerra Mundial, já no século XX.

Dois anos após a morte de Cromwell, ocorrida em 1658, o governo voltou às mãos dos Stuart. Com isso, a Inglaterra teve mais dois soberanos de tendências absolutistas: Carlos II, que reinou de 1660 a 1685 e Jaime II, de 1685 a 1688.

Além de Ter tendências absolutistas, Jaime II era católico declarado. E seria substituído no trono pelo filho que tivera com sua segunda esposa, também católica. Com a primeira esposa, que era protestante, Jaime II só tivera duas filhas.

O Parlamento, temendo a volta ao catolicismo e ao absolutismo, uniu-se e resolveu “convidar” o príncipe holandês Guilherme d’Orange, casado com Maria Stuart, filha mais velha de Jaime II, a invadir a Inglaterra e depor o rei, “a fim de restabelecer a liberdade e proteger a religião protestante “.

Em novembro de 1688, Guilherme desembarcou na Inglaterra com um exército de 14.000 homens, marchou sobre Londres e ocupou-a sem disparar um só tiro. Jaime II fugiu para a frança, e guilherme foi coroado rei com nome de Guilherme III. Essa revolução, ocorrida sem derramamento de sangue, denominou-se Revolução Gloriosa.

O novo rei, ao ser coroado, teve de jurar a Declaração de Direitos, que assegurava ao Parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia a liberdade individual e a propriedade privada. A Declaração de Direitos estabelecia também o princípio da divisão de poderes.

Com a revolução gloriosa, a burguesia, tendo o poder nas mãos, passou a promover o desenvolvimento econômico da Inglaterra.


Fonte: http://www.infoescola.com/historia/absolutismo-na-inglaterra/

Por: Verônica F. Tezoni
RA: B06IIJ-0

Domingo Sangrento


Este post se refere a um momento histórico do Reino Unido, a manifestação artística referente a este momento e a uma música que se tornou um hino em homenagem as vitimas, que é simplesmente uma obra de arte.




Domingo Sangrento

Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na FolaBloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e nacionalistas e o exército inglês ocorrido em Derry, Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com uma passeata de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Prefeitura. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das quatorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse grupo guerrilheiro. Em memória daquele dia, foi feita a canção Sunday Bloody Sunday! em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipe de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório em 2010 que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte a ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes ao Bloody Sunday, mas percepções do dia impulsionaram o estatuto de recrutamento e na organização enormemente.
Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao fato de ter sido levado a cabo pelo exército.

A reação Artística

Provavelmente a reação mais conhecida de todas sobre o incidente é a canção dos U2 "Sunday Bloody Sunday" de 1983, incluída no álbum War.
Também John Lennon (que era de ascendência irlandesa) apresenta no ábum Some Time in New York City uma canção intitulada "Sunday Bloody Sunday", inspirado pelo incidente, assim como a canção "Luck of the Irish" (A sorte dos irlandeses), que tratou mais com o conflito irlandês em geral. Outro ex-Beatle, igualmente com ascendência irlandesa, Paul McCartney, emitida logo após uma única sangrento domingo intitulado "Give Ireland Back to the Irish" (Devolvam a Irlanda aos Irlandeses), expressando sua opinião sobre o assunto. Foi uma das poucas canções solo de McCartney de ser banida pela BBC.
Christy Moore cantou "Minds Locked Shut" no álbum "Graffiti Tongue" sobre os acontecimentos do dia, e os nomes dos mortos civis.
A banda de heavy-metal irlandesa Cruachan também abordou o incidente em uma canção "Bloody Sunday" no seu álbum Folk-Lore de 2004.
Os acontecimentos do dia foram também dramatizado na televisão em 2002, por dois dramas, "Bloody Sunday" (estrelando James Nesbitt) e Sunday por Jimmy McGovern.
A peça de teatro de Brian Friel "The Freedom of the City" (A Liberdade da cidade, 1973) prende-se com o incidente do ponto de vista de três civis.
Willie Doherty, um artista nascido em Derry acumulou um vasto corpo de trabalho, que aborda os problemas na Irlanda do Norte. "30 janeiro 1972" lida especificamente com os acontecimentos de Bloody Sunday.
O Wolfe Tones, uma banda irlandesa, também escreveu uma canção chamada 'Sunday Bloody Sunday" sobre o evento.
O poeta irlandês laureado com o Prémio Nobel Seamus Heaney, escreveu um poema intitulado "Casualty", acerca de uma das 13 vitimas do "Bloody Sunday".


Sunday Bloody Sunday - U2

"Sunday Bloody Sunday" é uma canção da banda irlandesa U2. É a primeira faixa e terceiro single do álbum War, sendo lançada em 11 de março de 1983, na Alemanha e na Holanda. "Sunday Bloody Sunday" é conhecida pela sua batida militarista, guitarra dura, e harmonias melódicas. Uma das músicas mais abertamente política do U2, a letra descreve o horror sentido por um observador "The Troubles" na Irlanda do Norte, com destaque no incidente do Domingo Sangrento em Derry, onde as tropas britânicas atiraram e mataram manifestantes de direitos civis. Junto com "New Year's Day", a canção do U2 ajudou a atingir um público mais amplo de escuta. Foi geralmente bem recebido pelos críticos sobre o lançamento do álbum.
A canção ficou na posição de número #268 entre as 500 Melhores Canções de Todos os Tempos da revista Rolling Stone, em 2004. A revista britânica New Statesman classificou-a como uma das canções do "Top 20" das canções políticas.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

U2 são conhecidos pela sua participação ativa em causas políticas e humanitárias. Sunday Bloody Sunday é uma das músicas que retrata a luta que a banda e em especial Bono Vox têm tido na defesa dos direitos humanos.
Sunday Bloody Sunday, é o nome da canção que os U2 compuseram em 1983 em memória da tragédia que se abateu sobre os irlandeses no dia 30 de Janeiro de 1972 durante uma marcha de protesto pelos direitos civis da Northerm Ireland Civil Rights Association, após a publicação de um decreto do Governo Britânico que permitia a prisão de elementos suspeitos de terrorismo sem julgamento.
Em pleno domingo, milhares de pessoas, muitas crianças e mulheres, reuniram-se no bairro de Creggan com o objetivo de realizar uma marcha de protesto até á praça Guildhall. Entretanto o exército inglês recebe ordens para avançar sobre os manifestantes para prender o maior número de manifestantes e dispersar a manifestação, começando assim o clima de tensão. As tropas britânicas entraram em conflito com os manifestantes e mataram 14 pessoas (6 menores) e deixaram ainda 25 feridas, 5 das vítimas foram alvejadas pelas costas.
Depois do sucedido a imprensa britânica apelidou este dia de Domingo Sangrento (Bloody Sunday) nome da música em questão.
Este dia ficou gravado para sempre na memória de todos aqueles que se manifestam contra a opressão e que lutam pelos direitos humanos. A violência na Irlanda do Norte aumentou exponencialmente.

Letra - Sunday Bloody Sunday
U2

I can't believe the news today
I can't close my eyes and make it go away
How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cos tonight
We can be as one, tonight

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead-end street
But I won't heed the battle call
It puts my back up, puts my back up against the wall

Sunday, bloody Sunday (4x)
Oh, let's go

And the battle's just begun
There's many lost, but tell me who has won?
The trenches dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters torn apart

(2x)
Sunday, bloody Sunday

How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cause tonight
We can be as one, tonight
(2x)
Sunday, bloody Sunday

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
I'll wipe your tears away (2x)
I'll wipe your bloodshot eyes

(6x)
Sunday, bloody Sunday

And it's true we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today the millions cry
We eat and drink while tomorrow they die

The real battle just begun
To claim the victory Jesus won
On

(2x)
Sunday, bloody Sunday

Tradução
Domingo, Sangrento Domingo

Não posso acreditar nas notícias de hoje
Não posso fechar os olhos e fazê-las desaparecer
Quanto tempo, quanto tempo teremos de cantar esta canção?
Quanto tempo, Quanto tempo?
Porque esta noite
Podemos ser como um, essa noite

Garrafas quebradas sob os pés das crianças
Corpos espalhados num beco sem saída.
Mas eu não vou atender ao apelo da batalha
Isso coloca minhas costas, coloca minhas costas contra a parede.

Domingo, sangrento domingo (4x)
Oh, vamos lá!

E a batalha apenas começou
Há muitos que perderam, mas me diga: quem ganhou?
As trincheiras cavadas em nossos corações
E mães, filhos, irmãos, irmãs dilacerados.

Domingo, sangrento domingo
Domingo, sangrento domingo

Quanto tempo, quanto tempo teremos para cantar esta canção?
Quanto tempo, quanto tempo?
Hoje à noite
Nós podemos ser como um, esta noite.
Domingo, sangrento domingo.
Domingo, sangrento domingo.

Enxugue as lágrimas de seus olhos
Limpe suas lágrimas.
Vou limpar suas lágrimas. (2x)
Vou limpar os seus olhos vermelhos.

(6x)
Domingo, sangrento domingo

E é verdade que somos imunes
Quando o fato é ficção e a realidade da TV.
E hoje milhões choram
Comemos e bebemos enquanto eles morrem amanhã

A batalha real apenas começou
Para reivindicar a vitória de Jesus
Em...

Domingo, sangrento domingo
Domingo, sangrento domingo



http://letras.mus.br/u2/385206/traducao.html




Por: Verônica F. Tezoni
RA: B06IIJ-0

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões

Robin Hood  é um herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood. Era ajudado por seus amigos "João Pequeno" e "Frei Tuck", entre outros moradores de Sherwood. Teria vivido no século XIII, gostava de vaguear pela floresta e prezava a liberdade. Ficou imortalizado como "Príncipe dos ladrões". Tenha ou não existido tal como o conhecemos, "Robin Hood" é, para muitos, um dos maiores heróis da Inglaterra.
No entanto o herói não é de fato um ladrão errante que vive em florestas. A história começa quando Robin of Locksley, filho do Barão Locksley, é um cruzado e viaja com o Rei Ricardo para catequizar os hereges. Prisioneiro, ele foge e retorna à Inglaterra. No entanto, ao chegar em casa, percebe que muitas coisas aconteceram. Aproveitando a ausência do Rei Ricardo, o príncipe John, o segundo herdeiro direto, assume seu trono, aumenta os impostos e mata o pai de Robin, destruindo também seu castelo. Não tendo onde morar, Robin Hood encontra um grupo de homens que moram na floresta e os lidera em uma batalha com o príncipe. Ele quer reaver sua posição nobre e também ajudar aos que se tornaram pobres graças a ganância de John.
Na História, Robin Hood, que ganha o apelido por usar um hood (tipo de chapéu com pena) vence o príncipe John e casa-se com Maid Marian, sobrinha de Ricardo. No fim da história, Ricardo Coração de Leão reaparece após sua derrota em terras estrangeiras e nomeia Robin Hood cavaleiro, tornando o nobre novamente.
Se existiu de fato, viveu durante o século XIII. Uma das primeiras referências a tal personagem é o poema épico Piers Plowman, escrito por William Langand em 1377. A compilação Gesta de Robin Hood, de 1400, sugere que as histórias que compõem a lenda circulavam bastante anos antes.

Festival Anual Robin Hood

Todos os anos, nessa mesma floresta, acontece o Festival Robin Hood. É sempre na primeira semana de agosto, quando as crianças inglesas estão em férias escolares. Na floresta, andando entre árvores centenárias, você pode ficar cara a cara com muitos dos personagens que deve ter visto em filmes e desenhos, como o próprio Robin, a donzela Márion, o frei Tuck, o João Pequeno, o xerife e o rei Ricardo Coração-de-Leão.
Há shows de mágica, de teatro, de malabarismo, aulas de arco e flecha e uma exibição de aves de rapina, como falcões e corujas, que dão voos rasantes sobre as pessoas. É possível até pedir para colocarem um falcão ou uma coruja no seu braço. "Nunca pensei que pudesse ter uma ave dessas na mão. O falcão é incrível, tem umas garras fortes. E o bebê coruja também é muito legal", diz espectador..
O ponto alto do festival é a encenação de uma batalha entre os amigos de Robin Hood, chamados de foras da lei, e os homens do xerife malvado, que pega o dinheiro mesmo das pessoas que têm muito pouco.
Há disputas a cavalo e com armas como espadas e lanças. E todos usam escudos coloridos. A criançada delira cada vez que um dos homens do xerife perde e vai ao chão. No final, vaiam os bandidos e gritam em coro: "Robin, Robin, Robin".

Robin Hood

RECENTE: Em 2010 foi lançado o filme Robin Hood com Russell Crowe e Cate Blanchett .





Jennefer Dias Oliveira.

Cultura inglesa - Inglaterra

Tradições

  • Os ingleses são apaixonados pelo chá das 5 h - "Five O'clock Tea".
  • Foram os Criadores do futebol e são fanaticos pelo criquet.
  • Na hora do cumprimento eles, geralmente, apertam as mãos, pois o "beijinho" no rosto é reservado, somente, aos amigos proximos.
  • O prato principal é peixe com batatas, destacando-se também a carne de vaca, o cabrito, o frango, sanduíches e legumes.
  • Quando se fala de bebidas, o chá fica claramente em primeiro lugar, embora os ingleses também bebam café, cerveja amarga (bebida em temperatura ambiente), whisky e vinho.
  • Eles costumam se encontrar em pubs - "public houses" - com os amigos.
Superstições

  • Boa sorte: Tocar na madeira, encontrar trevos de quatro folhas, guardar dinheiro nos bolsos de uma peça nova, cortar o cabelo no quarto crescente e cruzar-se com um gato preto.
  • Má sorte: passar por baixo de uma escada, derramar sal na mesa, partir um espelho e abrir um guarda-chuva dentro de um quarto.

Jessica Spaolonzi Ferreira

domingo, 24 de fevereiro de 2013

HISTÓRIA: A INVENCÍVEL ARMADA DE FELIPE II


Em 1588, numa ambiciosa tentativa de converter a maior parte da Europa ao catolicismo e punir a Inglaterra pela pirataria contra suas colônias, o rei Felipe II da Espanha lançou ao mar a mais poderosa esquadra até então reunida, transportando um exército para invadir a Inglaterra.
A batalha que foi travada nas águas do Canal da Mancha decidiu o futuro da Europa e do mundo.

Antecedentes
Na segunda metade do século XVI, a Espanha governada por Felipe II era um estado político-religioso, onde a igreja católica tinha grande peso. Felipe II reinava sobre Portugal (onde consta como Felipe I), Holanda e Bélgica e sobre diversos reinos da Europa, como Córsega, Nápoles, Sardenha, Milão, Catalunha, Mayorca, Galícia, Valência, Canárias, Aragão, Castela e outros.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjal2wb5WLeb8w-E9eisPhH8-ny6vDcTRScx3VgiQFPHCe2W62vn-e8qfJlUEVQl6Ln_qC37CffsvrFJdkjiXLTbjuOa7hmPYOOAFB6r1u7h9_Q4Rbp9fy_6i2q7K32xJyznDx__4frLis/s1600/Felipe+II.jpg
Felipe II queria uma Europa católica, conduzida pela Espanha.

Na Espanha e nas nações sob seu domínio, os judeus e protestantes eram perseguidos e as vezes aceitavam até serem “convertidos” ao catolicismo para não morrer nas mãos da Inquisição, uma organização religiosa de repressão que tinha plenos poderes da coroa espanhola e do Vaticano para utilizar os mais bárbaros métodos para conseguir confissões e castigar os não-convertidos, chamados hereges.
Porém, a sua grande rival no domínio dos mares e colônias do mundo, a Inglaterra, era governada por Elizabeth, rainha de orientação protestante que dava refúgio e ajudava aos seguidores desta religião por toda a Europa, notadamente na Holanda, onde havia resistência armada.
Mas a vizinha da Inglaterra, a Escócia, estava sob o reinado da prima de Elizabeth, Mary Stuart, que era católica. Mantinha estreito diálogo com a coroa espanhola e secretamente, planejava alijar Elizabeth do trono da Inglaterra e ocupar seu lugar. Haviam tratados secretos estabelecendo que, após sua morte, a Escócia passaria ao domínio da Espanha. Isto tudo acabaria chegando ao conhecimento de Elizabeth.

Francis Drake
Os navios que transportavam para a Espanha as riquezas e tesouros das colônias do Novo Mundo eram frequentemente alvo dos ataques de piratas e corsários ingleses, o que era motivo de protestos do rei espanhol junto à rainha inglesa. Uma das figuras mais polêmicas desta controvérsia foi Francis Drake, jovem capitão britânico, um dos primeiros a navegar em volta ao mundo. Ele foi enviado pela própria Inglaterra para águas americanas, para atacar e saquear os navios e colônias espanholas. Quando os espanhóis protestaram e apresentaram testemunhos e provas de que ele havia protagonizado os saques, os ingleses agindo politicamente, o responsabilizaram individualmente pelos atos de pirataria e o tornaram proscrito.
Porém, quando ele regressou à Inglaterra com os porões do seu navio abarrotado de ouro dos saques, ganhou imediata anistia, e como a situação com a Espanha havia azedado de vez, foi novamente reconhecido como corsário à serviço da coroa inglesa e acabou recebendo um título de nobreza das mãos da própria Elizabeth, passando a ser citado como Sir Francis Drake e reintegrado à marinha inglesa.

A Morte de Mary Stuart
Enquanto isto, Mary Stuart, rainha da Escócia, enfrentou uma dissidência na sua própria corte e refugiou-se na Inglaterra. Porém, ao chegar, recebeu voz de prisão de sua prima. Foi acusada de conspiração, julgada e decapitada em 8 de fevereiro de 1857.
Isto serviu de pretexto para que seu aliado Felipe II, que já tinha planos de atacar os ingleses, disparasse os preparativos finais para a invasão da Inglaterra.
A Armada
Durante os anos anteriores, havia sido encetado um grande programa de construção de navios. Outros que estavam disponíveis na Espanha e em países sob seu domínio foram reunidos e equipados, inclusive 12 navios portugueses.
Em julho de 1588, foi reunida a esquadra de invasão:
Um total de 130 navios, com 2431 canhões.
Os navios eram:
65 galeões e mercantes adaptados com canhões,
25 cargueiros cheios de cavalos, mulas e provisões,
32 barcos pequenos,
4 galés e
4 galeaças.
A frota transportava 27.500 homens, sendo:
16.000 soldados,
8.000 marujos,
2.000 operários (prisioneiros e escravos) nas galés,
1.500 cavalheiros e outros voluntários.
Esta força naval, mais tarde apelidada ironicamente pelos ingleses The Invincible Armada, começou a partir em 22 de julho de 1588 de La Coruña, costa norte da Espanha, sob o comando de Don Alonso Pérez de Guzman (El Bueno), Duque de Medina-Sidonia, nobre espanhol sem nenhuma experiência naval. Porém, tinha sob suas ordens diversos comandantes experientes e competentes, dentre os quais se sobressaia Don Alonso Martinez de Leiva, talvez o mais hábil capitão naval da Espanha.
Seus navios transportavam, além do pessoal e das armas, todo o apoio logístico necessário para manter uma tropa de 30.000 homens durante pelo menos seis meses. Entre os itens transportados, constavam: 5.000 toneladas de bolacha de marinheiro, 272.000 kg de carne de porco salgada, mais de 150.000 litros de azeite de oliva, e 14.000 barris de vinho.
Além disto, ainda haviam 5.000 pares de calçados e 11.000 pares de sandálias, e material para reparos dos navios e das carroças e equipamentos de apoio transportados.
Acompanhavam as tropas 6 cirurgiões, 6 clínicos, 19 juízes e 50 funcionários administrativos selecionados para estabelecerem as bases do governo na Inglaterra, bem como 146 nobres voluntários, com seus 728 criados. Isso além de180 sacerdotes, como conselheiros espirituais e confessores, que ajudaram a abençoar todos os homens antes do embarque.
Como reserva, para posterior ocupação da Inglaterra, ainda havia na Holanda uma força terrestre sob o comando do Duque de Parma, com aprox. 30.000 soldados. Eles também traziam munições e provisões adicionais.
O Confronto
Por volta do dia 29, a Armada estava finalmente ao largo de Plymouth. Diz a lenda que Francis Drake, que por esta ocasião comandaria as ações da esquadra inglesa, foi avisado de que a força espanhola estava chegando à Inglaterra enquanto jogava uma partida de boliche. Teria enviado seu imediato para o porto para preparar a partida da esquadra e continuado a jogar, declarando: “Podemos terminar nosso jogo!”

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe8SYEuFjFKKtLdU5iYZ29n1n3HGgA1DAS4FesBqVPWcSQSNodhUG7wtNocklIaE0MXsnVczOZzHJe6QEuevRwIOm6SYbi5hLUL6yRs-6MOxhX5J1O6MS6O7M0B7GmdTUewY2QQ-abU4c/s320/Spanish_Armada.jpg
Defeat of the Spanish Armada (Derrota da Armada Espanhola), pintado em 1796 pelo pintor inglês Philip James de Loutherbourg, retrata a batalha travada em 8 de agosto de 1588. Esta obra atualmente encontra-se no National Maritime Museum, da Inglaterra.

A Armada estava a cinquenta milhas de Plymouth. E no decorrer da semana seguinte, os ingleses, sob comando-geral de Lord Charles Howard, travaram dois combates com os espanhóis.
Cabe aqui ressaltar que as diferenças táticas tiveram um papel fundamental no decorrer dos confrontos. Os espanhóis procuravam sempre abordar os inimigos e travar combate direto, visando capturar os seus navios, enquanto os ingleses, que sabiam que este tipo de confronto lhes seria desvantajoso, haviam se preparado para travar a luta a distância, disparando a partir do alcance útil dos seus canhões, e se evadindo ante a aproximação dos navios espanhóis. Conseguiam isto por serem seus barcos mais leves e com mais capacidade de manobra.
Os navios principais e mais bem armados da frota espanhola eram pesados e difíceis de manobrar, com carga total, enquanto os ingleses, apesar de em menor número, eram mais ágeis e sabiam utilizar melhor suas vantagens, comandados por chefes hábeis como Drake, que era o vice-comandante da frota britânica, e Thomas Fleming.
Mas durante esses dois confrontos, apesar de inúmeros acertos, não conseguiram danificar seriamente os grandes barcos de Medina-Sidonia. Os espanhóis, por sua vez, não conseguiram se aproximar o suficiente para abordar os barcos ingleses.
O plano do almirante espanhol previa um encontro para receber munições e provisões das forças do Duque de Parma, em Dunquerque. Mas, os mensageiros enviados não conseguiram contato  e trouxeram a  péssima notícia de que as águas no litoral de Flemish, local previsto para o encontro, eram rasas demais para o calado de seus grandes navios.
Neste impasse, Medina-Sidonia teve que ancorar ao largo de Calais, para reparar seus navios, antes de tentar nova investida.
Os espanhóis sabiam que o engenheiro italiano Giambelli estava trabalhando para os ingleses na preparação de brulotes, barcos incendiários e explosivos que poderiam ser enviados contra sua frota.
Por isto, lançaram sua âncoras presas à bóias, pois caso precisassem sair rapidamente, bastaria cortar as amarras e depois voltar para recuperar as âncoras presas às bóias.
Durante a noite, Howard enviou oito de seus navios mais velhos, despojados de todos os equipamentos, mas carregados com materiais inflamáveis e explosivos, sob o comando dos capitães Young e Prowse, rumo à frota espanhola, aproveitando os ventos e a maré favoráveis, e sob o manto da escuridão. Ao se aproximarem, em rota de colisão, os pilotos e os poucos tripulantes atearam fogo aos barcos, abandonando-os no rumo dos navios ancorados. Isto fez com que os espanhóis cortassem as amarras imediatamente, içando as velas e se espalhando para evitar os brulotes, que começaram a explodir. Nesta confusão, vários navios se abalroaram entre si, causando diversos danos, embora nenhum se incendiasse.
A Batalha de  Gravelines

Ao amanhecer de 8 de agosto, Medina-Sidonia viu parte de sua esquadra dispersa e sob risco de encalhe na costa de Flemish. Destacou então quatro grandes navios para fazer uma linha de defesa, enquanto o restante da esquadra tentava se reagrupar para combater.
Os ingleses atacaram com dois destacamentos, num total de quase 40 navios, sob o comando de Drake, que liderava, e Frobisher.
Outros navios espanhóis vieram em socorro dos seus, mas os ingleses estavam na ofensiva e causaram grandes danos nos navios principais. Três desses grandes navios foram afundados e mais doze seriamente danificados, numa batalha confusa em meio à fumaça. As perdas espanholas neste dia somaram em torno de 600 mortos e 800 feridos.
Pouco antes do anoitecer, Drake abordou e capturou o galeão Rosário com toda a sua equipagem, inclusive o almirante Pedro de Valdez. Este navio carregava elevada quantia para o pagamento dos exércitos do Duque de Parma, na Holanda.
Algumas vulnerabilidades da Armada ficaram visíveis: os mercantes convertidos em vasos de guerra tiveram problemas quando as estruturas começaram a ceder, não suportando os impactos do recuo dos seus próprios canhões. Os vazamentos surgiram, e os carpinteiros trabalhavam até a exaustão para fazer os reparos. Isto desabilitava a artilharia destes navios. Além disso, o improvisado aumento do poder de fogo da Armada não teve uma correspondência no número de artilheiros, fazendo com que soldados manejassem os canhões sem o treinamento adequado, diminuindo a eficácia da artilharia.
Após nove horas de ferrenho combate, a chegada do anoitecer e um temporal com ventos muito fortes interromperam as hostilidades.
E então veio o pior: a ventania empurrou os destroçados navios espanhóis de encontro aos bancos de areia, onde muitos encalharam!
Ao amanhecer, tudo parecia perdido, mas os ingleses estavam sem munição e não atacaram. Os ventos mudaram e ajudaram os navios da Armada a se safarem dos bancos de areia.
O comandante inglês enviou alguns barcos à Inglaterra, com pedidos desesperados por mais munição, porém os espanhóis também estavam na mesma situação e com seus navios muito danificados, alguns com a artilharia inoperante. Com poucos disparos de parte à parte, os espanhóis aproveitaram o vento favorável e forçaram a passagem, arremetendo para o norte através do canal, único caminho disponível.
Os ingleses decidiram não persegui-los além das águas inglesas, pois perceberam que eles já estavam derrotados e seus próprios marujos também estavam esgotados e abatidos por ficar tanto tempo em atividade no mar agitado. A disenteria e o tifo infectavam as suas tripulações.

O Desfecho

Os espanhóis, após um conselho de guerra, resolveram trazer sua armada derrotada de volta à Espanha, contornando as Ilhas Britânicas.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhocS3m_syDEojsD8e9Kmu0_Sh8xxiET_IM0KVvs4b3_7ualCURNxDUbwI5Nf40uc4jWvsAO48YuzlGNCVu1EBN3Gz2qtd613H2hOTNE2vp6LiM7aLUGkaLxFKL_4CNc7fBKEOpCz6NRnQ/s320/ROTEIRO+DA+ARMADA.JPG
 Roteiro da Armada Espanhola (clique para ampliar).

Na costa escocesa, conseguiram comprar algumas provisões de barcos de pesca, mas sua situação era de penúria. As mesmas doenças que vitimavam os ingleses também os afetavam. Havia mais de 3.000 doentes a bordo. Diariamente havia mortes. As provisões estavam acabando e a alimentação teve que ser racionada. Os animais de tração a bordo foram abatidos para alimentação, mas a água estava escassa e era de péssima qualidade, provocando intoxicações nos marujos. Alguns navios muito danificados e com vazamentos requeriam constante bombeamento manual de água para não afundarem, o que esgotava ainda mais as tripulações.
Mas o pior ainda estava por vir: ao largo do cabo Wrath, ventos fortíssimos desmancharam a formação da esquadra e mais de trinta navios desgarrados foram jogados de encontro aos recifes da Escócia e da Irlanda, afundando diversos outros no mar. A galeaça napolitana Girona foi um dos barcos que colidiram com os recifes da Irlanda do Norte. Dos seus 1.300 ocupantes, apenas cinco chegaram à terra! Esses e outros que conseguiram chegar à Escócia foram asilados pelo rei James VI, filho de Mary Stuart.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibXei-K4h-g9kEFT2qFW6Xkog4L5GVNpxEQQnQ3wbCU1Er9WwTrq-5kENLQYO3kllsFRfq9g1hwfmmhDtvxEEIhcjEaa318SLnEifGJkPg_9TqKbd2uu2Vdf-HrpvYuGD9d1XD0QolPl4/s320/KNIGHT+OF+MALTA.JPG
Esta Cruz de Cavaleiro de Malta foi recuperada dos destroços da galeaça Girona, que bateu nos recifes da Irlanda do Norte em 26 de outubro de 1588. Acredita-se que pertencesse ao capitão do navio, Fabricio Spinola. Atualmente, há habitantes locais que se dedicam exclusivamente à atividade de recuperar objetos e jóias dos navios da Armada naufragados ao longo das costas da Irlanda e da Escócia.
(Foto: National Geographic Magazine) 

Consta que apenas 64 navios conseguiram retornar à Espanha! Mais de 20.000 homens pereceram, a grande maioria em naufrágios causados pelas tempestades. Enquanto isto, as perdas inglesas foram mínimas, apenas um navio, além dos oito incendiados e sacrificados, e menos de 100 mortos.
Felipe II, que pensou lutar numa guerra santa sob a bênção de Deus, contra os hereges ingleses, ficou mortificado ao receber as notícias do insucesso da empreitada e da destruição de sua poderosa Armada.
Dizem que retirou-se para meditação e ficou longo tempo deprimido, sem receber ninguém. Sob o enfoque de sua obstinada fé religiosa, ficava ainda mais difícil aceitar a fragorosa e total derrota, principalmente levando-se em conta que os elementos naturais tiveram papel fundamental na destruição da Invencível Armada.
Na Espanha, correram rumores que o insucesso fora um castigo divino pela conduta devassa do rei, que apesar de devoto, mantinha casos extraconjugais. 
Mais tarde, a esquadra espanhola foi reconstruída parcialmente e ainda naquele mesmo século houveram outras tentativas frustradas de submeter a Inglaterra, antes do declínio do poderio naval luso-espanhol, que  aos poucos perdeu seu lugar para os britânicos.
Mas, para os perseguidos religiosos da Europa, este episódio foi tomado como um sinal claro, mostrando de que lado estava Deus...

Postado por: Maria Auxiliadora O.Benites 

R.A:A82GAA -7