Primórdios do auto-governo
Datam do fim do século XIX as primeiras medidas
britânicas para permitir maior envolvimento de indianos no governo do
subcontinente, como o Indian Councils Act de 1892 e o Government of
India Act de 1909, que colocaram indianos em cargos de aconselhamento ao
vice-rei e de representação legislativa. Aos poucos, adotou-se o princípio
eletivo para o preenchimento dos cargos legislativos centrais e provinciais,
embora a elegibilidade fosse restrita às classes altas indianas. Entretanto,
nem o governador-geral, nem os governadores provinciais passaram a ser
responsáveis perante os legislativos locais.
Em 1885, formou-se o Partido do Congresso Nacional Indiano,
para buscar ampliar a participação indiana no governo. Em 1906, criou-se a Liga
Muçulmana, com objetivo similar.
Após a Primeira Guerra Mundial
A importante contribuição da Índia aos esforços do Império Britânico durante a Primeira Guerra Mundial estimulou os
indianos a exigir maior voz no governo. O Partido do Congresso Nacional Indiano
e a Liga Muçulmana acordaram propor uma reforma constitucional que incluía o
conceito de eleitorados separados e a exigência de auto-governo. Em 1919, o
governo britânico ampliou a autoridade dos conselhos legislativos central e
provinciais, mas o governador-geral continuou a ser responsável perante Londres
apenas.
As reformas de 1919 não satisfizeram as exigências
políticas indianas. Os britânicos reprimiram a oposição e reinstituíram as
restrições à imprensa e ao movimento. Uma aparente violação das regras sobre
ajuntamento de pessoas levou ao massacre de Jalianwala Bagh em Amritsar,
em abril de 1919. Aquela tragédia galvanizou dirigentes políticos como Jawaharlal
Nehru (1889–1964) e Mohandas
Karamchand "Mahatma" Gandhi (1869–1948) e seus seguidores
a pressionar por mudanças.
Em 1935, uma revisão da situação constitucional
indiana manteve a separação dos eleitorados e estabeleceu a autonomia das
províncias, transformando os conselhos legislativos em assembléias legislativas
eleitas (apenas alguns poucos assentos continuaram a ser preenchidos mediante
indicação), perante as quais eram responsáveis todos os ministros.
Fonte:
Por: Flavia Paiva Vasques
RA: B01EIA-4
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