De modo geral, o termo celta aplica-se aos povos que viveram
na Grã-Bretanha e na Europa Ocidental entre 2000 a.C. e 400 d.C.. Eram
civilizações da Idade do Ferro, habitantes sobretudo de pequenas aldeias
lideradas por chefes guerreiros. Os celtas da Europa continental não deixaram
registo escrito, mas conhecemos seus deuses através dos conquistadores romanos,
que estabeleceram elos entre muitas dessas divindades e seus próprios deuses.
Por exemplo, o deus do trovão Taranis era o equivalente do Júpiter romano, e
várias outras divindades locais eram equiparadas a Marte, Mercúrio e Apolo. Os
povos do País de Gales e da Irlanda também deixaram uma mitologia muito rica e
muitas de suas lendas foram escritas durante a Idade Média.
A mitologia celta pode ser dividida em três subgrupos
principais de crenças relacionadas.
Goidélica - irlandesa e escocesa
Britânica Insular - galesa e da Cornuália
Britânica Continental - Europa continental.
Os celtas adoravam um grande número de deuses dos quais
sabemos pouco mais que os nomes. Entre eles deusas da natureza comoTailtiu,
Macha, e Epona, deusa dos cavalos. Figuras masculinas incluiam deuses
associados a uma enorme variedade de coisas, como Goibiniu, o fabricante de
cerveja. Havia também Tan Hill, a divindade do Fogo.
Ritos celtas
Uma cruz celta
Os primeiros celtas não construíam templos para a adoração
de seus deuses, mas mantinham altares em bosques (de Nemeton) dedicados a serem
locais de adoração. Algumas árvores eram consideradas elas próprias sagradas. A
importância das árvores na religião celta pode ser mostrada pelo fato que o
nome da tribo dos Eburônios contém uma referência a yew tree, e nomes como Mac
Cuillin (filho de acebo), e Mac Ibar (filho de yew) aparecem nos mitos
irlandeses. Apenas durante o período de influência romana os celtas começaram a
construir templos, um hábito que foi passado às tribos germânicas que os
suplantaram.
Havia também, um culto guerreiro centrado nas cabeças
cortadas de seus inimigos. Os celtas muniam seus mortos de armas e outros
pertences, o que indica que acreditavam na vida após a morte. Depois do
funeral, eles também cortavam a cabeça do morto e esmagavam seu crânio para
evitar que seu espírito permanecesse preso.
Nenhuma menção aos cultos celtas pode deixar de descrever os
druidas. Esses sacerdotes representam simplesmente a classe mais ou menos
hereditária de xamãs, característica de todas as sociedades indo-europeias
antigas. Em outras palavras, eles são o equivalente a casta brâmane indiana ou
aos magi persas, e como estes um especialista nas práticas de magia, sacrifício
e augúrio.
Outra figura importante na manutenção das lendas célticas
era o bardo, aquele que, através de suas músicas, difundia os feitos de bravura
dos heróis do passado. Desse ponto de vista, a cultura celta não foi uma
cultura histórica - do ponto de vista que não teve história escrita (ainda que
os celtas possuíssem formas rudimentares de escrita, baseadas em traços
verticais e horizontais). Suas histórias eram transmitidas oralmente, e os
bardos eram particularmente bons nisso já que, uma vez que suas histórias eram
musicadas, tornava-se fácil lembrar das palavras exatas que as compunham. Além
disso, eles podem ter sido considerados uma espécie de profetas.
Carina Castro
B05557-0
Era isso que estava faltando no blog! Um pouco mais de cultura e fantasia ou realidade vai saber... Acho que para incrementar sua pesquisa seria legal falar também das fadas, mesmo elas tendo sua origem na Italia, foram com os celtas com quem elas ganharam forças e fama.
ResponderExcluirVinícius Alves Matias B1832A-6